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Uma Batalha de Informações

“Quebramos nossa filosofia diversas vezes”, diz CEO da FURIA sobre atuação no CBLOL

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A FURIA anunciou, nesta sexta-feira, o técnico Lucas “Maestro” como o responsável pela suas equipes de League of Legends a partir de agora. A informação já havia sido previamente noticiada pelo portal MGG na noite de ontem (23).

Antes da divulgação oficial nas redes sociais, porém, a equipe agendou uma coletiva de imprensa com um dos donos da organização, Jaime Pádua, para debater o futuro da organização no cenário do MOBA da Riot Games.

Após alguns tropeços, a FURIA, que não conseguiu nenhum título do Campeonato Brasileiro de League of Legends até a data de hoje, terminou os dois últimos splits em penúltimo e último lugar – respectivamente. De acordo com Pádua, estes resultados foram uma combinação de ‘quebra de filosofia’ da organização para com a equipe de LoL e, também, decisões ruins de contratação que afetaram todos – se não, a maioria – dos splits jogados.

Questionado sobre a filosofia que considera que foi rompida nos processos de contratação e treinamento, Pádua comentou que a FURIA se destaca por abrir portas e focar em descobrir novos talentos – mesmo que estes demorem a dar resultados. A organização reconhece que falhou em aplicar esse método no League of Legends.

“Quando falamos do LoL nacional, a curva de aprendizado é muito longa – diferentemente dos jogos de tiro em primeira pessoa, cujas especificações já estão na veia do brasileiro. No MOBA, um jogador pode demorar de 4 a 7 anos para se tornar um atleta formado – alguns jogadores do Academy de hoje jogam desde a infância, por exemplo” – disse o dono da organização.

O Co-CEO continuou a dizer que a organização tinha, sim, condição de apostar em jogadores que batessem com o perfil da empresa – o que significa, principalmente, estar apto a um desenvolvimento a longo prazo.

“Assim como é um erro do cenário como um todo, que possui, em média, de 3 a 4 jogadores considerados os melhores de cada posição, optamos por seguir o caminho de atalho. Acabamos por procurar sempre jogadores que encaixavam nas determinadas posições ou buscar atletas de fora que se destacam em suas rotas – e isso pode preencher um buraco, mas nos impede de crescer e sermos fiéis ao nosso estilo de trabalho”, completou Pádua.

Estando no competitivo do jogo da Riot Games desde 2016, Pádua confessou que, após este primeiro ano de franquia e com pressão por parte dos investidores da organização, houve uma necessidade de parar para pensar se iriam continuar com a vaga no CBLOL.

A reformulação de ambas as equipes – Academy e Principal – vem, também, com projetos de expansão para bootcamps nas regiões internacionais, uma maior equipe técnica e ‘o que for necessário’ para preparar melhor os novos atletas que chegarão.

Para o próximo ano, ao lado de Maestro, Pádua ressaltou que a preferência será por jogadores brasileiros – mas não poupou elogios sobre Danil “Diamondprox” e Edward “Edward”, atletas estrangeiros que passaram pela equipe nos últimos splits, que considera ótimos profissionais.

Mesmo sem algum nome em vista, a organização deixou claro que irá focar em uma forte equipe técnica de desenvolvimento – e a torcida pode esperar alguns novos nomes no profissional para o ano que vem.

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