Conforme publicado pelo Tom’s Hardware no último domingo (13), Pat Gelsinger, ex-CEO e CTO da Intel, acaba de embarcar em um novo e ambicioso projeto: o executivo se tornou presidente executivo da xLight, uma startup que está desenvolvendo lasers baseados em aceleradores de partículas para uso em sistemas de litografia ultravioleta extrema (EUV).
A tecnologia é chamada de Free Electron Laser (FEL) e pode representar uma ruptura profunda na forma como chips são fabricados.
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Empresa quer revolucionar processo de produção

A proposta da xLight é ousada: substituir a atual fonte de luz dos sistemas EUV por um laser com mais de 1.000W de potência, compatível com equipamentos da ASML, empresa que hoje domina o mercado de litografia com o sistema Twinscan NXE.
Em comparação, os modelos mais avançados da ASML hoje operam com fontes de luz entre 250W e 300W, e apenas em laboratórios já se chegou aos 500W.
Planos da xLight
No mais, a empresa planeja ter sua tecnologia operando em produção até 2028, acoplada diretamente aos scanners da ASML, sem necessidade de reinventar todo o ecossistema fabril. Se cumprir o prometido, a xLight pode reduzir o custo por wafer em 50% e os custos operacionais e de capital em até três vezes.
Apesar dos desafios, como o tamanho do acelerador e a integração com as estruturas físicas das fábricas atuais, Gelsinger acredita que o avanço é inevitável. “Vamos construir os lasers mais potentes do mundo com tecnologia de aceleradores”, escreveu em seu LinkedIn.
Além da fabricação de chips, a xLight vê aplicações promissoras em metrologia de alta potência, defesa, controle de detritos espaciais e até imagem médica. Segundo Gelsinger, essa tecnologia pode destravar um mercado de múltiplos bilhões de dólares, tanto no curto quanto no longo prazo.