Pichau Arena
Uma Batalha de Informações

Após acusações de abuso, MiT volta ao competitivo no Wild Rift

Fontes informaram que MiT já faturou o título do Wild Tour

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*ATUALIZAÇÃO 21/06 – 12h28: a assessoria de imprensa da Omegha confirmou ao MGG que MiT esteve com a organização nas finais do Wild Tour e que segue como “colaborador”  no Icons, conforme publicado pela Pichau Arena.

 

Segundo fontes, o ex-coach e caster de League of Legends (LoL) Gabriel “MiT” Souza, que no início de 2021 foi acusado de abuso sexual por diversas mulheres, teria retornado ao cenário competitivo de esports, dessa vez comandando a Omegha.

Em maio de 2022, a equipe que supostamente estaria abrigando MiT, faturou o título do principal campeonado de Wild Rift (WR) no Brasil, o Wild Tour, e consequentemente, carimbou sua vaga para o Icons, mundial da modalidade, que está acontecendo em Singapura. A redação da Pichau Arena apurou as informações com exclusividaade.

 

MiT - LoL - WR
Foto: Divulgação/Riot Games

 

A Riot Games, empresa responsável pelo desenvolvimento do cenário competitivo de Wild Rift, foi procurada e até o momento da publicação desta matéria não se pronunciou.

Segundo apuração feita pelo portal The Enemy, o ex-técnico ainda teria movido processos contra as mulheres que o contaram suas histórias sobre assédio sexual com ligação ao ex-profissional. As ações correm em segredo de justiça.

 

O caso Mit

 

Imagem: Reprodução/Riot Games

 

Em 5 de janeiro de 2021, uma série de acusações, chamadas de exposeds (exposição em tradução livre), aconteceram no cenário brasileiro de esports. O primeiro relato foi o de Daniela Li, que foi publicado via Twitter.

No post, a tatuadora acusou Gabriel “MiT” de assédio sexual. Logo em seguida, as influenciadoras Manuela “Kyure” e Gabriela “gabsayshi” também criaram coragem para publicar exposeds contra o ex-coach de LoL.

 

Histórico da Riot Games e mulheres

 

Imagem: Reprodução/ Riot Games

 

Logo após as denúncias, a Riot Games suspendeu unilateralmente o contrato de MiT. Na época,  atuava como caster do Circuito Desafiante e estava escalado para o CBLoL (Campeonato Brasileiro de League of Legends), principal divisão da modalidade no país.

Vale lembrar que a própria empresa já esteve envolvida em outros casos de assédio. Recentemente, a justiça norte-americana deu causa vencida para um grupo de jovens ex-funcionárias da Riot Games, que gerou uma dívida de US$ 100 milhões.

 

Assédio no Brasil e eSports

 

Imagem: Reprodução/Riot Games

 

Em março deste ano, o jornal Folha de São Paulo publicou uma matéria sobre assédio e violência ainda serem as principais preocupações das mulheres brasileiras de acordo com pesquisa do Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) apurada em fevereiro e março de 2022.

Portanto, é possível entender que os relatos de 5 de janeiro são um claro reflexo da situação que mulheres vivem no Brasil, sendo recorrente nos eSports também.

Um exemplo é o caso de Alanderson “4lan” Meireles, que foi dispensado da Team One após uma de várias acusação de assédio contra o ex-pro player, que teve pena reduzida mesmo com testemunhas. Vale lembrar que Thiago “tinowns” Sartori, da LOUD, também teve relatos de assédio psicológico e físico relatados em 2021. Além dos três citados, veja outros nomes do cenário que já foram acusados de acordo com a ESPN:

Guilherme Henrique “Kake” Braga Morais, ex-técnico de LoL do Flamengo Academy;
• Willyan “Wos” Bonpam, suporte do time de LoL Vorax;
• Filipe “Pancc” Martins, jogador profissional de CS:GO pela Sharks Esports Team;
• Hamilton “Shu” Neto, técnico de LoL pelo Naguara México;
• Gustavo Docil, ex comentarista de LoL;
• Benjamin “Hyoga” de Barbi, jogador de LoL do Santos e-Sports;
• Célio “Thurizao” Oliveira, ex-manager da KaBuM! Esports;
• Han Sol Kim, ex-tradutor de coreano-português para times de LoL;
• Marcos “Dryx” Vinícios, ex-técnico da INTZ eSsports Club;
• Marcelo Almeida, CEO do Team Innova.

 

 

Leia mais:

#mygamemyname: Campanha sobre assédio contra mulheres

LoL: crime de importunação sexual de 4Lan tem condenação divulgada

Assédio sexual e discriminação de gênero rendem dívida de US$ 100 milhões à Riot Games

VALORANT: Kalera é vítima de episódio de assédio durante partida

CS:GO: pancc é acusado de assedio sexual por adolescente; o jogador admite

Dota 2: Caster TobiWan é acusado de assédio sexual

 

*Matéria escrita por Gustavo Koga e Siouxsie Rigueiras

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