– Intel diz que a procura por computação continua alta
– Relatórios e varejo já mostram aumentos de preços em algumas gerações de CPUs
– Possíveis atrasos de estoque e repasse de custos ao consumidor e a OEMs
Na última quinta-feira (23), a Intel revelou que a demanda pelos chips da marca está superando a oferta em vários segmentos, principalmente em CPUs para data center e em gerações anteriores de processadores para PC, e que isso já está provocando pressão sobre preços e disponibilidade.
Relatórios recentes apontam que a empresa tem priorizado clientes corporativos e centros de dados, nos quais a necessidade por capacidade de processamento para workloads de IA continua alta, enquanto linhas de produto consumidor (desktop e notebook) enfrentam restrição de estoque.
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No balanço mais recente, a Intel reconheceu a forte procura por computação relacionada a IA e afirmou que a demanda deve permanecer elevada, o que empurra investimentos e decisões de alocação de capacidade produtiva.
A combinação de alta procura por servidores e certa escassez pontual de peças e capacidade tem levado até mesmo a reajustes de preços em mercados internacionais, onde alguns modelos populares (como chips das famílias Raptor Lake/Alder Lake) já registraram aumentos de dois dígitos em certas regiões.
A estratégia da Intel

Fontes do setor e relatórios da cadeia de suprimentos indicam que a Intel está reajustando preços em alguns mercados, enquanto fabricantes de notebooks e integradores tentam renegociar contratos ou reperfazer planos de compra para o fim do ano.
Analistas apontam que parte do movimento se deve a uma demanda inesperada por gerações anteriores de CPUs, que permanecem competitivas em custo-benefício, e à hesitação do mercado em adotar em massa os novos PCs “com recursos de IA” mais caros.