De acordo com uma publicação do Tom’s Hardware da última quarta-feira (15), os Estados Unidos estão planejando implementar novas restrições na exportação de chips semicondutores para a China, visando especificamente processadores fabricados em tecnologias de 14nm e 16nm que contenham mais de 30 bilhões de transistores.
A nova medida busca limitar o acesso chinês a componentes avançados que podem ser utilizados em contextos militares e de inteligência artificial.
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Gigantes serão afetadas

As restrições propostas afetarão grandes nomes como TSMC, Intel, GlobalFoundries e Samsung, que produzem esses chips avançados.
No entanto, haverá exceções: chips com menos de 30 bilhões de transistores ou aqueles embalados por empresas confiáveis não serão classificados como avançados e, portanto, estarão isentos das novas limitações.
Além disso, designers de chips dos EUA, Taiwan ou países aliados poderão solicitar licenças para vender a “clientes autorizados”.
Processadores não serão os únicos afetados
A maioria dos processadores modernos utiliza transistores FinFET em tecnologias de 14nm, 16nm ou mais avançadas, abrangendo desde controladores de SSD até CPUs para smartphones e computadores pessoais.
Contudo, a maioria desses processadores possui menos de 30 bilhões de transistores e são embalados por empresas reconhecidas, o que os exclui das novas restrições de exportação.
Por outro lado, placas de vídeo de alto desempenho, que frequentemente excedem esse número de transistores, estarão sujeitas às novas regras, exigindo licenças de exportação para serem vendidas a entidades chinesas.
Estratégia não é isolada
Vale destacar ainda que as novas medidas fazem parte de uma estratégia mais ampla dos EUA para restringir o acesso da China a tecnologias avançadas, principalmente aquelas com potencial uso militar.
Em resposta, a China anunciou uma investigação sobre os subsídios do governo dos EUA à indústria de semicondutores, alegando que essas práticas proporcionam uma vantagem competitiva injusta às empresas americanas, permitindo que vendam chips a preços mais baixos no mercado chinês.
Por fim, a implementação dessas restrições pode ter implicações para a indústria global de semicondutores, afetando não apenas as relações comerciais entre os EUA e a China, mas também a cadeia de suprimentos e a competitividade das empresas envolvidas.