AMD afirma que não limitará capacidade das placas para mineração

Com o crescimento exponencial das criptomoedas, em especial o BITCOIN, a atividade de mineração ganhou ainda mais notoriedade e muitos novos usuários resolveram se aventurar nesse meio. Assim, expandiu-se também a busca por placas de vídeo com alto poder computacional, e as mais eficientes para a realização desse processo são aquelas voltadas para boa performance em jogos.

Por isso, a NVIDIA tomou a atitude de limitar sua placa de vídeo RTX 3060 visando coibir a prática de mineração, uma vez que a alta demanda por esse componente agravou o já existente problema do desabastecimento do mercado. Entretanto, a concorrente direta AMD, em declaração ao portal PC Gamer, afirmou através de Nish Neelalojanan, gerente de produtos da empresa, que nenhuma medida restritiva será tomada nas GPUs Radeon para tentar impedir a mineração.

A AMD seguiu a tendência da maioria das outras fabricantes, que defendem que o comprador deve fazer o que quiser com a placa de vídeo que adquiriu. Recentemente, a ZOTAC fez um tweet em seu perfil oficial incentivando a mineração em suas placas gaming. Além disso, a MSI teve a mesma atitude e estimulou os usuários a minerarem fazendo o uso do GE76 Raider, seu notebook gamer.

Todavia, a AMD ressalta que o foco da empresa continuará sendo o público gamer, e suas placas de vídeo continuarão sendo mais úteis para jogos do que para mineração. Uma prova disso pode ser notada quando a arquitetura do componente é analisada, visto que as placas contam com recursos que otimizam o desempenho em games. Um exemplo é o Infinity Cache, que melhora o desempenho nos jogos e, ao mesmo tempo, diminui a largura de bandas das memórias, fazendo com que a atividade de mineração seja afetada negativamente.

Por fim, vale citar um fator que dificulta muito para que a AMD consiga impor limitadores de capacidade de mineração em suas placas de vídeo: o código aberto. No Linux, os drivers gráficos das GPUs Radeon são livres para modificação e, sendo assim, seria muito fácil para os mineradores editarem o código fonte e, desta forma, conseguirem simplesmente ignorar o limitador.

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