Conforme publicado pelo Tom’s Hardware nesta quarta-feira (09), as ações da Intel fecharam em US$18,13 (R$105,90) na última terça-feira (08), registrando queda de 7,36% e atingindo o menor patamar desde julho de 2009.
Com isso, o valor de mercado da companhia caiu para US$79,06 bilhões, cerca de R$462 bilhões na cotação atual, também o menor em 16 anos. A queda ocorre em meio a desafios financeiros e tecnológicos enfrentados nos últimos trimestres, além do impacto das novas tarifas de importação impostas pelo governo dos Estados Unidos.
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Intel vem sofrendo

Apesar de todo o setor de semicondutores estar sendo afetado, a Intel foi uma das mais prejudicadas. A empresa já havia sofrido com a queda acentuada na demanda por processadores e outros produtos, e agora lida com a incerteza gerada por possíveis aumentos de custos e mudanças na cadeia produtiva global.
A recuperação da empresa está agora nas mãos do sucesso do novo CEO e dos processadores Panther Lake, previstos para serem lançados ainda este ano. Os chips serão fabricado com a tecnologia de 18A, considerada crucial para que a azulzinha volte a competir em desempenho e custo com rivais como AMD e NVIDIA.
Caso a empresa consiga entregar bons resultados com essa nova arquitetura, os investidores podem voltar a confiar na estratégia da companhia. Caso contrário, analistas indicam que a Intel poderá ser forçada a abandonar suas operações fabris e se concentrar apenas no design de chips.
Como as tarifas impactam a empresa?
Por mais que os chips ainda não tenham sido diretamente atingidos por tarifas punitivas, há o risco de que um aumento de 20% nos preços dos PCs nos EUA reduza ainda mais a demanda. Empresas como AMD e NVIDIA também seriam duramente afetadas, já que a maior parte de seus chips é produzida em Taiwan e finalizada na China ou Malásia.
Já a Intel, por sua vez, terceiriza cerca de 30% da produção de seus chips, mas pretende reduzir essa dependência com o avanço dos Panther Lake. Por ironia, entretanto, isso pode tornar a corporação mais exposta a custos elevados com ferramentas de fabricação vindas de fora dos EUA.
Vale destacar, por fim, que a queda da Intel faz parte de um movimento mais amplo no setor. A AMD recuou 6,5%, Qorvo caiu 9,9% (nível mais baixo desde 2016), e a Micron perdeu 4,1%. Gigantes como Apple, Arm, NVIDIA, Qualcomm e TSMC também fecharam o dia no vermelho.