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VALORANT: The Union se retira do cenário competitivo

Organização fez duras críticas a Riot Games em relação ao cenário brasileiro

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A The Union é mais uma organização que está de saída do cenário competitivo de VALORANT, após as incertezas do competitivos implantadas pela Riot Games. Nesta segunda-feira (7), a organização informou que todos os seus jogadores foram movidos para o banco de reservas.

 

Em nota nas redes sociais, o clube informou que a decisão foi tomada pelas mudanças no VALORANT Champions Brasil (VCB). Assim como a Vivo Keyd e a 00NATION, The Union mostrou a sua insatisfação com o novo formato.

Ao longo do texto, a organização criticou de forma polida e educada os erros da Riot Games com o cenário brasileiro, o que tem levado a outras organizações para o mesmo destino, se retirar do competitivo.

O formato proposto pela Riot para 2024 não contempla organizações profissionais. Não contempla empresas e jogadores que vivem disso enquanto trabalho, não contempla atletas profissionais e a estrutura que eles demandam para obterem excelência competitiva. É compreensível que a Riot enxergue o VCB, ou Tier 2, como apenas um celeiro de talentos para a liga franqueada. Mas devemos lembrar que, sem uma liga sustentável, é muito mais difícil revelar novos e grandes talentos.

A The Union também informou que seus jogadores estão disponíveis para propostas e auxiliará outros clubes do VCT Americas que desejarem adquiri-los. Confira a nota na integra abaixo:

 

A The Union, bicampeã do Valorant Challengers Brasil, informa: Devido à falta de perspectiva com relação ao cenário competitivo oficial de Valorant, optamos por mover os jogadores do nosso time misto de Valorant ao banco de reservas.

O Valorant faz parte da essência da The Union. Desde o início, nossa prioridade sempre foi trabalhar com excelência para garantir a melhor estrutura para nossos jogadores, a fim de não apenas profissionalizar nossa equipe como fomentar todo o ecossistema.

Investimos em nossa equipe tudo o que estava em nosso alcance. Viemos de uma qualificatória aberta, enfrentamos times renomados, traçamos nosso caminho rumo ao topo do Brasil e vencemos as duas etapas do Challengers Brasil. A The Union cumpriu o que prometeu — bom desempenho competitivo, profissionalismo e paixão.

Nosso maior objetivo era, sim, chegar ao VCT Americas. Mas, quando o objetivo não foi alcançado, nunca imaginamos que não haveria outra alternativa que não fosse essa.

Mesmo com excelência competitiva e domínio da região, após perder duas séries contra times norte-americanos, o ano de 2023 foi encerrado para nosso time.

E nossa jornada do herói, na prática, perdeu o sentido. Investimos pesado no cenário de Valorant com a garantia de que a Riot Games trabalharia da maneira como lida com o CBLOL, ou como lidou com o próprio Challengers até 2022.

Nossa intenção sempre foi o longo prazo. Investimos na certeza de um cenário estável e frutífero, e nos deparamos, em pleno julho do ano em que tivemos uma jornada quase perfeita, com um cenário aos pedaços.

Foi, sim, um grande orgulho para a The Union competir bravamente contra organizações de peso, como 00Nation, Red Canids, Vivo Keyd Stars, Liberty, Oddik e TBK. Todas essas organizações se retiraram pelos mesmos fatores que nos enfraqueceram — como nós, investiram esperando um cenário estável e depararam-se com o contrário. E, neste comunicado, não falamos de despreparo ou falta de planejamento por parte da Riot Games.

É justamente por tomarmos conhecimento do esforço e cuidado que a empresa planeja seus torneios que nos preocupamos. Em nossa visão, o desmantelamento do cenário nacional de Valorant — o Tier 2 perante o VCT Americas — estava nos planos da desenvolvedora.

O formato proposto pela Riot para 2024 não contempla organizações profissionais. Não contempla empresas e jogadores que vivem disso enquanto trabalho, não contempla atletas profissionais e a estrutura que eles demandam para obterem excelência competitiva. É compreensível que a Riot enxergue o VCB, ou Tier 2, como apenas um celeiro de talentos para a liga franqueada. Mas devemos lembrar que, sem uma liga sustentável, é muito mais difícil revelar novos e grandes talentos.

Neste cenário, a The Union vê-se obrigada a retirar-se do cenário competitivo de Valorant, absolutamente contra a nossa vontade. É contra a lógica um bicampeão brasileiro retirar-se após conquistar tudo. Mas o cenário em que vencemos não foi o cenário que sonhamos e investimos, e lamentamos profundamente ter que tomar esta decisão.

Nossos jogadores permanecerão no banco de reservas e terão negociações facilitadas para times do VCT Americas que desejarem adquiri-los. Acima de tudo, somos humanos e entendemos que eles cumpriram com excelência seu papel com a organização. Agradecemos imensamente a colaboração de nossos jogadores e staff em nossa jornada no Valorant.

 

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