– Principais fabricantes encerram produção de DDR4 para focar em DDR5 e HBM
– DDR4 agora ultrapassa DDR5 em valor, devido à oferta limitada e demanda remanescente
– pequenas fabricantes tentam suprir a lacuna, mas especialistas recomendam migrar para DDR5 se possível
Conforme publicado pelo Tom’s Hardware na última segunda-feira (01), o mercado de memórias DRAM atravessa um período turbulento nesta reta final de 2025.
Enquanto os preços de DDR5 recuam levemente, a geração anterior, DDR4, surpreende ao ultrapassar o valor da sucessora. A inversão não tem relação com desempenho ou procura massiva de consumidores, mas sim com a forma como os fabricantes estão reorganizando as linhas de produção.
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Dados de mercado mostram que, em agosto, módulos de 16GB DDR4 chegaram a US$9,17 (R$50,20), após um aumento de quase 7% em apenas um mês. No mesmo período, a DDR5 de capacidade equivalente caiu para US$5,99 (R$32,79), abrindo uma diferença de quase 50% entre as duas gerações.
Kits menores de DDR4 continuam em queda, enquanto memórias ainda mais antigas, como DDR3, voltaram a registrar altas expressivas após a saída da Samsung e a baixa oferta de fabricantes regionais.
Escassez não é acidente
Como citado, a disparada dos preços da DDR4 não resulta de maior demanda, mas sim da redução proposital da produção. Gigantes como Samsung, SK hynix e Micron estão desativando linhas de DDR4 para abrir espaço às memórias de nova geração, DDR5 e HBM.
Esta última, em especial, é a estrela do momento, essencial para GPUs e aceleradores usados em inteligência artificial. Cada wafer redirecionado para HBM ou DDR5 significa menos chips DDR4 no mercado.
O legado virou custo extra
Com a oferta artificialmente limitada, distribuidores e montadores se veem obrigados a estocar o que resta, elevando ainda mais o preço final.
Em outras palavras, usuários comuns pagam caro por uma tecnologia defasada porque os fabricantes sabem que este é o último momento para extrair lucro da linha antes do corte definitivo.
