Conforme publicado pelo Tom’s Hardware no último domingo (25), a NVIDIA está se preparando para lançar a RTX PRO 6000D, também conhecida como B40, como substituta do acelerador H20 no mercado chinês.
É importante explicar que a movimentação é estratégica, e ocorre após as recentes restrições de exportação impostas pelos Estados Unidos, que proibiram a venda do chip H20 para a China, resultando em um prejuízo estimado de US$5,5 bilhões (R$31 bilhões) para a empresa.
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Arquitetura Blackwell em aceleradores

A RTX PRO 6000D é baseada na arquitetura Blackwell e foi projetada para atender às exigências regulatórias dos EUA. Diferente do H20, que utilizava memória HBM e o empacotamento avançado CoWoS da TSMC, a nova GPU emprega memória GDDR7 e evita tecnologias sensíveis, facilitando a exportação para o mercado chinês.
Com previsão de produção em massa para junho de 2025 e disponibilidade geral no terceiro ou quarto trimestre, a RTX PRO 6000D será uma GPU de classe servidor, derivada do silício GB2XX Blackwell, semelhante ao chip GB202 encontrado na RTX 5090.
Vale destacar ainda que a novidade não contará com suporte ao NVLink, o que pode limitar configurações de múltiplas GPUs. Para comunicação entre GPUs, a NVIDIA planeja utilizar as SuperNICs ConnectX-8 e a plataforma de rede Spectrum-X.
Preço acessível?
O preço recomendado da RTX PRO 6000D deve variar entre US$6.500 (R$37.000) e US$8.000 (R$45.300), o que torna o futuro lançamento uma opção mais acessível em comparação ao H20, que custava entre US$10.000 (R$56.600) e US$12.000 (R$68.000).
Por fim, a estratégia é explícita e visa manter a presença da NVIDIA no mercado chinês de inteligência artificial, que tem enfrentado desafios devido às sanções comerciais e à crescente concorrência de empresas locais como a Huawei, que recentemente lançou o chip Ascend 910C.