De acordo com uma publicação da Reuters da última terça-feira (11), a Meta, empresa controladora do Facebook, está testando o primeiro chip da marca desenvolvido internamente para treinamento de sistemas de inteligência artificial (IA), marcando um passo importante em direção à independência de fornecedores externos, como a NVIDIA.
O movimento é bastante estratégico, e visa reduzir os custos de infraestrutura associados aos investimentos substanciais da corporação em IA.
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MTIA: O chip da Meta

O chip, denominado Meta Training and Inference Accelerator (MTIA), é um acelerador dedicado, projetado especificamente para tarefas de IA, o que o torna mais eficiente em termos de energia em comparação com as unidades de processamento gráfico (GPUs) tradicionais.
No mais, a dona do Facebook está colaborando com a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) para a produção deste chip e já concluiu a fase inicial de tape-out, um marco significativo no desenvolvimento de semicondutores.
Se os testes forem bem-sucedidos, a Meta planeja ampliar a produção para uso em larga escala. Inicialmente, o MTIA será utilizado em sistemas de recomendação, com planos futuros de aplicação em produtos de IA generativa, como o Meta AI, até 2026.
Meta seguindo tendência
O desenvolvimento de chips internos também é uma tendência observada em outras gigantes da tecnologia. Empresas como Google e Amazon estão investindo em seus próprios processadores de IA para reduzir a dependência de fornecedores externos e otimizar o desempenho de seus modelos de IA.
Por exemplo, o Google anunciou recentemente o Axiom, chip de IA personalizado da marca, enquanto a Amazon desenvolveu o Trainium 2, capaz de treinar modelos fundamentais quatro vezes mais rápido que sua versão anterior.
NVIDIA é dominante no segmento
Vale lembrar que a NVIDIA, líder atual no mercado de chips de IA, controla mais de 90% deste segmento. No entanto, a crescente demanda por soluções de IA e o alto custo dos processadores da verdinha têm levado empresas como a Meta a buscar alternativas próprias.
O movimento pode impactar a posição dominante da empresa comandada por Jensen Huang no mercado de hardware de IA, especialmente se os maiores clientes começarem a fabricar seus próprios chips.
Por fim, a aposta da Meta no desenvolvimento de chips próprios é uma estratégia de longo prazo que visa maior autonomia no desenvolvimento de tecnologias de IA e a redução de custos operacionais. Se bem-sucedida, a iniciativa poderá diminuir a dependência de fornecedores externos, além de posicionar a Meta como uma concorrente direta no mercado de hardware de IA, desafiando a liderança da NVIDIA.