Conforme publicado pelo Tom’s Hardware nesta quarta-feira (23), a Intel está prestes a anunciar uma nova rodada de demissões que deve afetar mais de 20% de sua força de trabalho, o que é equivalente a mais de 20 mil funcionários, como parte de um plano amplo de reestruturação liderado pelo novo CEO, Lip-Bu Tan.
A informação foi inicialmente divulgada pela Bloomberg, com base em fontes próximas ao assunto, e rapidamente repercutiu na mídia, com a medida sendo considerada por alguns como drástica.
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Os objetivos da azulzinha

A medida visa reduzir custos, cortar camadas burocráticas e reorientar a companhia para uma cultura mais focada em engenharia e desenvolvimento de produto.
Vale lembrar que Lip-Bu Tan assumiu o comando da Intel no mês passado e quer simplificar operações, eliminar cargos redundantes e concentrar esforços em projetos estratégicos, após anos de desempenho instável.
Demissões após demissões
Este será o segundo grande corte em menos de um ano. Em agosto de 2024, a azulzinha já havia dispensado cerca de 15 mil funcionários, focando principalmente em cargos administrativos, de vendas, marketing e suporte, poupando, na época, áreas-chave como manufatura e engenharia.
Agora, porém, há sinais de que até mesmo equipes técnicas e projetos em desenvolvimento podem ser impactados.
Com cerca de 108.900 funcionários até dezembro de 2024, a empresa se prepara para uma das maiores reduções de quadro de sua história. Ainda não está claro se as demissões incluirão incentivos para saídas voluntárias ou aposentadorias antecipadas, ou se serão dispensas diretas.
Decisão é radical, mas alinhada
A reestruturação é parte da tentativa de Lip-Bu Tan de mudar radicalmente o rumo da empresa. O atual CEO já havia deixado o conselho da Intel anteriormente por discordar da abordagem mais conservadora de cortes adotada pelo então CEO Pat Gelsinger. Desta vez, com carta branca, Tan aposta em uma reformulação profunda.
Por fim, é importante lembrar que o Time Azul divulgará seus resultados trimestrais nesta quinta-feira e, até lá, segue em período de silêncio, sem comentar mudanças estratégicas.