Conforme publicado pelo The Register na última terça-feira (18), uma vulnerabilidade no Windows, explorada há oito anos para espionagem, permanece sem correção pela Microsoft, que a classifica como um problema de interface, não de segurança.
A falha permite que hackers utilizem arquivos de atalho .LNK maliciosos para baixar e executar códigos prejudiciais. Os atalhos, aparentemente legítimos, contêm comandos ocultos que instalam malwares silenciosamente.
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Análise revela uso antigo

Especialistas da Trend Micro identificaram que grupos patrocinados por Estados, principalmente da Coreia do Norte, Rússia, Irã e China, exploram essa falha desde 2017. A técnica envolve inserir espaços em branco no código dos atalhos, ocultando comandos suspeitos da interface do Windows.
A Microsoft foi notificada sobre o problema em setembro de 2023, mas decidiu não lançar uma correção de segurança, argumentando que a falha não atinge o critério de gravidade necessário para uma atualização emergencial.
Objetivo dos ataques
Segundo a Trend Micro, quase 70% dos ataques visam espionagem e roubo de informações, afetando governos, empresas privadas, instituições financeiras e setores de telecomunicações, militar e energético.
Especialistas criticam a postura da Microsoft, alertando que um simples clique em um atalho malicioso pode comprometer um sistema inteiro, especialmente quando combinado com falhas que permitem escalonamento de privilégios.
Por fim, a Microsoft recomenda que usuários tenham cautela ao baixar arquivos de fontes desconhecidas e sigam os alertas de segurança do Windows. No entanto, sem uma atualização definitiva, a vulnerabilidade permanece uma ameaça ativa para governos, empresas e usuários comuns.