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Gigantes de tecnologia estão abandonando programas de diversidade e mais, entenda

Suprema corte e pressões conservadoras influenciam fim de iniciativas de DEI

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Durante o último final de semana, uma grande polêmica no mundo da tecnologia tomou forma, isso porque as gigantes Meta e Amazon anunciaram o encerramento de seus programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) nos Estados Unidos, refletindo mudanças no panorama político e legal do país.

Decisões da Meta

Meta
Imagem: Reprodução

A Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, comunicou o fim de diversas iniciativas de DEI, incluindo programas voltados para contratação, treinamento e seleção de fornecedores.

Em comunicado interno, a vice-presidente de recursos humanos, Janelle Gale, afirmou que o “panorama legal e político acerca dos esforços pela diversidade, equidade e inclusão nos EUA está mudando“, referindo-se a decisões recentes da Suprema Corte que indicam uma mudança na abordagem dos tribunais em relação a esses programas.

Além disso, a Meta acabou com a equipe dedicada ao tema de DEI, com a diretora de diversidade, Maxine Williams, assumindo outra função na empresa, focada em acessibilidade e engajamento.

A empresa também eliminou seu programa de verificação de fatos nos EUA e realizou mudanças em sua liderança, nomeando figuras alinhadas ao espectro político conservador.

Ações da Amazon

A Amazon, por sua vez, informou em memorando interno que está “encerrando programas e materiais desatualizados” relacionados à representação e inclusão, sendo que a meta era de concluir o processo até o final de 2024.

Embora não tenha especificado quais programas serão descontinuados, a empresa afirmou que busca integrar práticas inclusivas em seus processos existentes, visando construir programas mais duradouros e inclusivos.

Contexto político e legal

As decisões ocorrem em um contexto de crescente oposição conservadora aos programas de DEI nos Estados Unidos. Grupos conservadores têm criticado essas iniciativas, alegando que promovem tratamento preferencial a determinados grupos.

Vale destacar que a decisão da Suprema Corte dos EUA em 2023, que derrubou ações afirmativas nas admissões universitárias, encorajou ações semelhantes no setor corporativo.

É importante notar que, apesar dessas mudanças, outras empresas, como a Apple, têm resistido a pressões para encerrar seus programas de diversidade. A diretoria da empresa fundada por Steve Jobs, por exemplo, recomendou que os acionistas votassem contra uma proposta para acabar com suas iniciativas de DEI, demonstrando que o compromisso com essas práticas vai além da política.

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