De acordo com uma publicação do Tom’s Hardware do último domingo (02), a DeepSeek, startup chinesa de inteligência artificial sediada em Hangzhou e que abalou o mercado de inteligência artificial (IA), tem sido alvo de acusações de ter investido US$1,6 bilhão, cerca de R$9,4 bilhões na cotação atual, em uma infraestrutura composta por 50.000 GPUs da NVIDIA.
As alegações surgem em meio a debates sobre a origem dos recursos utilizados pela empresa para desenvolver seu modelo de IA, o R1, que superou concorrentes como o ChatGPT da OpenAI. Vale lembrar que, anteriormente, a empresa afirmou que o investimento havia sido de menos de US$6 milhões (R$35 milhões).
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Alegações de investimento e infraestrutura

Relatórios da SemiAnalysis indicam que a DeepSeek teria adquirido cerca de 50.000 GPUs da NVIDIA, especificamente o modelo H100, para treinar o modelo de linguagem R1.
No entanto, algumas informações são questionáveis, haja vista que, embora o número de placaspossa ser preciso, os modelos adquiridos podem ser diferentes dos relatados.
Desempenho do modelo R1 e repercussões no mercado
O modelo R1 da DeepSeek tem se destacado por sua eficiência, superando modelos líderes do mercado e conquistando o topo da App Store do iOS, anteriormente ocupado pelo ChatGPT.
A ascensão rápida gerou preocupações no mercado americano de IA, principalmente em relação à capacidade da China de superar empresas de tecnologia dos EUA em termos de desenvolvimento de IA.
Resposta da NVIDIA e investigações em andamento
A NVIDIA, fornecedora das GPUs supostamente adquiridas pela DeepSeek, afirmou que os avanços da empresa chinesa demonstram a utilidade de seus chips para o mercado chinês e que mais de seus chips serão necessários no futuro para atender à demanda pelos serviços da startup.
Entretanto, a verdinha afirma que não houveram ilegalidades no processo e as investigações para avaliar possíveis contrabandos seguem em curso.
Por fim, é importante destacar que as alegações contra a DeepSeek ocorrem em um contexto de tensões geopolíticas, com os EUA impondo sanções que restringem o acesso da China a semicondutores avançados.
A capacidade da empresa chinesa de desenvolver um modelo de IA avançado, possivelmente utilizando recursos importantes de hardware, levanta questões sobre a eficácia dessas sanções e o futuro da competição global em IA.