Conforme publicado pelo UOL na última segunda-feira (05), o governo brasileiro está em busca de um novo salto tecnológico e econômico. A meta é ambiciosa: atrair até R$2 trilhões em investimentos ao longo da próxima década com a instalação de data centers de empresas como Amazon e NVIDIA no país.
A proposta, que faz parte de um plano estruturado pelo governo Lula, visa transformar o Brasil em um polo estratégico para infraestrutura digital de alta performance, atrelada a compromissos ambientais.
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Brasil quer ser potência

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, será o responsável por apresentar a proposta diretamente aos representantes das big techs em uma viagem aos Estados Unidos nesta semana.
Como citado, a ideia é posicionar o Brasil como um destino competitivo para grandes investimentos em computação em nuvem e inteligência artificial, aproveitando vantagens como o potencial em energia renovável, a posição geográfica estratégica e a crescente demanda por soluções digitais na América Latina.
Como isso vai acontecer?
Para viabilizar esse plano, o governo estuda oferecer incentivos fiscais por meio de um regime especial apelidado de “Redata”. A proposta inclui a isenção de tributos federais como PIS, Cofins e IPI por um período inicial de cinco anos.
Em contrapartida, as empresas teriam que seguir metas de sustentabilidade e destinar parte da capacidade computacional instalada no país ao mercado nacional, o que pode beneficiar desde universidades a startups brasileiras.
Plano ainda não é “real”
Apesar das vantagens naturais do Brasil, como energia limpa e localização privilegiada, o setor ainda enfrenta barreiras grandes, com destaque para uma carga tributária que supera a de concorrentes globais em até 45%.
O “Redata” surge como a principal aposta para mudar esse cenário e tornar o país mais atrativo para gigantes como a AWS, que já anunciou recentemente investimentos adicionais em São Paulo, e para players estratégicos como a NVIDIA.
A expectativa é que, ao retornar dos EUA, Haddad leve a proposta ao Congresso em forma de medida provisória, abrindo o caminho para uma nova etapa da política industrial e digital do Brasil.