Pichau Arena
Uma Batalha de Informações

20% a mais de performance? NVIDIA explica futuro das GPUs com nova tecnologia

Huang minimiza impacto dos processos de fabricação e foca na evolução da arquitetura

0

De acordo com uma publicação do Tom’s Hardware desta quinta-feira (27), durante uma sessão de perguntas e respostas na GTC, Jensen Huang, CEO da NVIDIA, afirmou que a adoção de transistores Gate-All-Around (GAA) nas futuras gerações de GPUs pode proporcionar um aumento de aproximadamente 20% no desempenho dos processadores da empresa.

No entanto, Huang enfatizou que os maiores avanços em performance das GPUs da verdinha vêm de suas arquiteturas e inovações em software, e não apenas das melhorias nos processos de fabricação.

As próximas arquiteturas da NVIDIA

CES 2025
Imagem: Reprodução/NVIDIA

Quando questionado sobre futuras arquiteturas da NVIDIA, como a Feynman, prevista para 2028, Huang mencionou que a transição para uma tecnologia baseada em GAA deve resultar em um ganho de 20% na performance.

Contudo, o executivo minimizou a importância das mudanças nos nós de processo, destacando que, com a desaceleração da Lei de Moore, as novas tecnologias de fabricação oferecem ganhos mais modestos em termos de densidade, potência e eficiência energética.

Além disso, a gestão eficiente de grandes quantidades de processadores tem se tornado um fator mais crítico do que a simples melhoria da performance individual de cada chip.

NVIDIA joga safe

Diferente da Apple, que adota os nós de fabricação mais avançados da TSMC antes de qualquer outra empresa, a NVIDIA prefere utilizar tecnologias já comprovadas.

Atualmente, a empresa emprega variações refinadas do processo de 4nm da TSMC, como 4N e 4NP, para a produção das GPUs Ada Lovelace, Hopper e Blackwell. Para a próxima geração de GPUs para inteligência artificial, de codinome Rubin, espera-se que o time verde utilize um processo de 3nm da TSMC (provavelmente N3P ou uma variação personalizada).

Os primeiros passos

A TSMC prevê que seu primeiro nó de fabricação baseado em GAA, o N2, trará um aumento de desempenho de 10% a 15% em relação ao N3E. Com base nessas estimativas, a previsão de Huang de um aumento de 20% parece otimista.

No entanto, dado o histórico da marca de evitar os primeiros nós de fabricação, é mais provável que a empresa adote o processo N2P, que melhora a performance e a eficiência energética, ou até mesmo o A16, que inclui um sistema de fornecimento de energia pela parte traseira do chip e promete um aumento de 8% a 10% na performance em comparação ao N2.

Se a NVIDIA adotar o N2P ou o A16 para sua linha de 2028, a expectativa de um ganho de 20% em relação às GPUs Rubin no N3P se torna plausível. Todavia, Huang deixou claro que a verdinha já não se define apenas como uma empresa de semicondutores.

No mais, o executivo destacou que a companhia se posiciona como uma provedora de infraestrutura de inteligência artificial em larga escala, além de ser referência no desenvolvimento de algoritmos avançados para gráficos computacionais, robótica e litografia computacional.

Por fim, embora a NVIDIA tenha expandido seu foco para além das GPUs tradicionais, investindo em servidores de IA e grandes clusters de computação, Huang reforçou que a empresa não concorre diretamente com seus clientes. Segundo ele, a marca  não desenvolve soluções finais para o consumidor, mas fornece as tecnologias fundamentais que capacitam outras empresas a criarem seus próprios produtos e serviços.

0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
guest

0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
0
Adoraria saber sua opinião, comente.x