Nesta quarta-feira (11), a Valve e a StarLadder fizeram um anúncio que potencialmente prejudica os brasileiros na disputa do próximo Major, mundial de Counter-Strike 2 (CS2) que acontecerá em Budapest, capital da Hungria.
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O campeonato que começa em 24 de novembro e acontece até 14 de dezembro terá um formato completamente novo, as empresas anunciaram que para esta edição não existirá os famosos MRQ (Qualificatórios Regionais do Major), mais conhecidos como RMR (Ranking Regional do Major).
Com esta mudança, não haverá mais qualificatórios abertos e todas as 32 organizações que estarão presentes serão a partir do ranking oficial da Valve. Ou seja, se os times não estiverem classificados entre os 32 melhores, eles não estarão aptos para jogar o mundial.
🚨 Important Update: MRQs Cancelled for StarLadder Budapest Major 2025
32 teams will receive direct invites to the Major based on VRS (Valve Regional Standings)
📅 Invite Date: Oct 8, 2025.
More info coming soonFull article: https://t.co/J1rpZqjk8R#CS2 #BudapestMajor pic.twitter.com/YiS0t3gekA
— StarLadder CS2 (@StarLadder_CS) June 11, 2025
O quanto a mudança afeta os brasileiros?
Equipes brasileiras como Imperial e Fluxo, que estiveram presentes na primeira edição de 2025, estão localizadas em 45° e 58° respectivamente, então com base na mudança não estariam aptas a competir no próximo Major. Em 8 de outubro os convites serão enviados às organizações presentes no top 32 que irão competir pelo mais requisitado título no Counter-Strike. A Valve se pronunciou a respeito da mudança:
“No momento, acreditamos que um processo de qualificação separado para o Major é desnecessário e prejudicial. Por isso, tomamos a decisão de cancelar os MRQs do segundo semestre de 2025. Em vez disso, os 32 times que disputarão o Major de Budapeste serão convidados diretamente com base no VRS.” – Valve
As alterações causaram um misto de sentimentos, principalmente nos atletas brasileiros que competem somente no Brasil e tem poucas oportunidades de competir em torneios internacionais e as únicas surgem a partir dos qualificatórios abertos.
Jogadores profissionais reclamam da alteração
Adriano “WOOD7” Cerato, IGL (in game leader/capitão) da ODDIK comentou o quanto isso pode afetar o cenário de Counter-Strike 2 brasileiro. Resta saber se a decisão será mantida para sempre ou se apenas para a edição do final deste ano.
"Ah, o Woody está chorando porque joga na Oddik?"
Francamente! Conseguimos nos aproximar do ranking jogando apenas no >BRASIL<.
Essa questão não é sobre o meu time, é sobre TODOS os times brasileiros, asiáticos ou de qualquer cenário emergente. Vocês simplesmente eliminam… pic.twitter.com/1qw4YhyAN7
— WOOD7 (@woodyfps) June 11, 2025
Gustavo “gushoowtime” Gonçalves, que recém se aposentou, falou que “a cada dia que passa o CS morre mais um pouco”. Reforçando que a decisão da Valve irá afetar, e bastante, os brasileiros que lutam todos os dias para sobreviver do Counter-Strike:
Cada dia que passa o CS morre mais um pouco, infelizmente.
Valve a cada decisao que toma, só complica ainda mais a vida dos times que não tem a “cadeira cativa” nos grandes eventos.
Uma pena e muito triste isso 😢 https://t.co/QokQevbGWn— Gustavo Gonçalves (@gushoowtime) June 11, 2025