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Uma Batalha de Informações

Como a AMD virou o jogo com o RYZEN

Mudando de secundaria para principal escolha no mercado GAMER!

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Vamos começar explicando mais ou menos como a AMD chegou na atual geração que hoje se chama Ryzen 3000. Aqui vamos passar por um pouco da historia até chegar lá bem como responder algumas duvidas e explicar algumas tecnologias. 

Durante anos e anos a AMD teve um mercado muito competitivo com a Intel principalmente em GAMES com seus processadores Phenom, quem não lembra ai de um tal de Phenom II X6 e um X4 que se desbloqueava para virar X6 kkk Nessa época a receita era muito boa, por meados de 2008.

A coisa mudou mesmo de cara, com a chegada em 2011 dos processadores da família AMD Bulldozer, que eram processadores com uma contagem de núcleos mais elevada que a Intel, essa era a aposta da AMD! que depois acabou trabalhando excessivamente em subir os clock dos processadores até o ano de 2016.

AMD Bulldozer – é uma microarquitetura usada pela AMD em seus microprocessadores a partir de 2011. Esta arquitetura é completamente diferente da arquitetura AMD64 que a AMD vem usando desde o lançamento do primeiro processador Athlon 64 em 2003.

 

Nesse período todo a AMD estava de certa forma bem atrás da Intel e durante todo esse tempo acabou deixando a Intel confortável no mercado pois realmente os processadores da Intel tinham muito mais desempenho e eficiência em seus projetos. Tempos obscuros que refletem até hoje no mercado pois nunca é bom você ter apenas 1 opção de produto entregando aquele desempenho, isso acaba causando preços mais elevados, falta de concorrência.

 

A opção que restava para a AMD era brigar com preço, seu preço sempre foi mais baixo! entregando especificações maiores, mais núcleos, mais clock mas que na prática não entregava o que se esperava.

 

Isso tudo mudou em 2016, aqui foi onde entrou a nova arquitetura da AMD ZEN! o que antes era o terror da AMD consumo excessivo agora virou uma prioridade. Os processadores da linha ZEN conseguiram entregar mais que 50% de eficiência se comparado com os processadores Bulldozer por cada núcleo.

ZEN – é o codinome para uma microarquitetura de processadores de computador da AMD e foi usado pela primeira vez com sua série de CPUs Ryzen em fevereiro de 2017

 

As especificações que antes focava em ter somente vários núcleos reais, agora introduziu o SMT que basicamente pega a parte ociosa do núcleo e transforma ele em um outro núcleo, fazendo um processador de 6 núcleos ser reconhecido no sistema como 12 núcleos.

SMT – O multithreading simultâneo é uma técnica para melhorar a eficiência geral de CPUs superescalares com multithreading de hardware. O SMT permite vários encadeamentos de execução independentes para melhor utilizar os recursos fornecidos pelas arquiteturas modernas de processadores.

 

Isso tudo rousse a AMD de volta para jogada colocando os processadores ZEN praticamente em pé de igualdade na disputa com a Intel. Isso tudo pegou a própria industria de surpresa pois em uma virada a AMD conseguiu baixar o seu processo de fabricação para 14nm que era o mesmo utilizado pela Intel.

 

Os processadores que nasceram em 2016 foi a primeira geração AMD RYZEN que veio para brigar diretamente com a Intel e deixou isso bem claro com Ryzen 3 (Core I3) Ryzen 5 (Core I5) Ryzen 7 (Core I7). Entregando contagem de núcleos e threads até superior a Intel dando uma vantagem competitiva para AMD inclusive em alguns cenários.

 

Em jogos podemos dizer que o desempenho era aquele quase lá! A Intel ainda tinha uma performance superior mas a AMD estava na cola e como brigava com preço mais baixo e mais núcleos em muitos dos casos era a escolha favorita já.

Muito disso se deve primeiramente por se tratar de uma arquitetura totalmente nova, que depende de otimizações para funcionar e um detalhe ligado às memórias que eu explico mais adiante para vocês.

 

Paralelamente a essa linha Ryzen a AMD fez a sua aposta no segmento de alta performance HEDT lançando seus processadores AMD Threadripper que já de cara traziam 16 núcleos e 32 threads, coisa que não víamos no mercado facilmente. Esses processadores chegaram para brigar diretamente com a linha Core I9 da Intel e alguns modelos de Xeon entregando desempenho igual ou superior por um preço mais interessante.

 

Após isso na sequência a AMD lançou sua nova geração chamada ZEN+ que basicamente corrigia problemas da primeira geração e trazia um refinamento em seus processadores com a passagem de 14 para 12 nanômetros em sua litografia. O principal problema que a AMD corrigiu foi o suporte para memórias RAM ou pelo menos tentou melhorar! Na primeira geração a latência da comunicação com as memórias acaba influenciando o desempenho dos Ryzen um dos motivos por ele ficar no quase pegando a Intel e não definitivamente Pegando a intel. Com o ZEN + veio junto a mudança do nome passando de Ryzen 1000 para Ryzen 2000 e uma compatibilidade maior com memórias e mais disponibilidade de modelos de Placa Mãe.

ZEN + – é o codinome do sucessor da AMD para a microarquitetura Zen, lançada pela primeira vez em abril de 2018, alimentando a segunda geração de processadores Ryzen, conhecidos como Ryzen 2000 para computadores mainstream e Threadripper 2000 para configurações HEDT

 

Nesse ponto foi quando a AMD começou a incomodar a Intel e era nítida a virada no jogos acontecendo. A AMD em vários segmentos de processadores já consegui praticamente um empate com a Intel e quando não empatava ela tinha preços mais atrativos por um produto que era sim muito bom já.

 

Vendo que a AMD já tinha um Ryzen 7 que quase pegava o Core I7 pois teve um ganho que se somado clock e sua eficiência melhorada em 12nm poderia chegar aos 10% e era mais barato que o Core I7. A Intel como resposta lançou um novo player na jogada o Core I9 voltado para segmento mainstream.

 

Agora você teria um Processador da Intel com 8 núcleos e 16 threads para ligar na mesma Placa Mãe que você liga o seu Core I5. Para esse processador a AMD não tinha concorrência ainda, deixando a Intel nadar de braçadas novamente.

 

Por outro lado a AMD junto com a geração ZEN+ lançou seu novo Threadripper para o segmento HEDT que agora entregava até incríveis 64 Threads, nesse ponto a AMD era quem nadava de braçada! a Intel não tinha concorrência e apesar do 2990WX ter seus problemas de latência ainda sim era um player isolado que não tinha concorrente pelo preço que ele oferecia.

 

O ponto de virada que chegamos hoje foi em 2019 quando a AMD lançou o ZEN 2! Agora tudo mudou drasticamente pulando de 12nm para 7nm de litografia, isso por sí só já prometia ganhos na casa dos 15% em cima das sua gerações anteriores e com a adição de um concorrente para o Core I9 da Intel, a AMD finalmente introduziu o Ryzen 9.

Basicamente, quando uma fabricante muda seu processo de fabricação e adota um padrão de litografia menor, isso significa que os transistores dentro do processador realmente serão menores, assim como seus subcomponentes.

 

Realmente a AMD não estava para brincadeira e o seu modelo 3900X de Ryzen 9 já possui 12 núcleos e 24 threads e quando chegou o 3950X isso passou a ter 16 núcleos e 32 threads tudo isso na Plataforma de “entrada” da AMD que seria o AM4. Que por sinal é um dos pontos interessantes pois desde o lançamento do ZEN 1 até hoje as placas mãe utilizam o mesmo socket como uma das promessas da AMD.

 

Nesse ponto a AMD conseguiu igualar praticamente ao desempenho por núcleo da Intel e entregando mais eficiência energética com densidade muito maior em seus processadores e custo até mais barato justamente por ter mudado a maneira que era fabricado seus chip.

 

Aqui o sucesso já foi garantido e reflete aos dias de hoje o que estamos vendo, em vários países inclusive Brasil a AMD passar com sua linha Ryzen as vendas da Intel que até 1 ou 2 anos dominava o mercado sem concorrência.

 

Essa nova geração ZEN 2 permitiu a AMD produzir processadores ainda mais monstruosos que é o caso do novo Threadripper 3990X que tem um total de 128 Threads, algo nunca antes visto em um único processador.

 

Hoje o que temos são processadores de muita qualidade, que entregam um ótimo desempenho em multitarefas e também em GAMES que la no inicio era onde a AMD estava pecando. Hoje os problemas com memória não existem mais e a AMD fez um trabalho tão bom com as memórias que seus processadores hoje trabalham como padrão com frequência mais altas suportadas do que a Intel.

 

Perguntas Frequentes

 

Você recomenda um Processador RYZEN? Sim, sem dúvidas hoje ele é uma ótima opção em vários sentidos seja trabalho, stream ou games.

Processador da AMD esquenta? Não, hoje inclusive devido ao seu processo de fabricação mais eficiente eles aquecem menos que a Intel e isso possibilita processadores com mais núcleos aparecerem no mercado dentro de um mesmo CPU.

AMD é melhor com Dual Channel? Sim, mas depende! No geral todos os processadores tem seja Intel ou AMD tem um ganho quando se usa Dual Chennel, as vezes menor outras vezes maior. O ganho se da muito grande quando falamos de Ryzen G com vídeo onboard, ai o uso de Dual Channel é indispensável.

AMD com frequência maior de RAM da mais desempenho? Sim, isso é verdade mas a mesma coisa vale para a Intel. Então falar que por que está usando Ryzen tem que ter mais frequência na memória RAM é mentira, pois os ganhos são equivalentes para os dois lados e dependendo do preço da memória mais vale pegar uma Placa de Video melhor que ai sim você vai ganhar mais frames e não somente subir um pouco os FPS. No caso do Ryzen G que usa video onboard como a memória RAM é utilizada pela Vega integrada ter frequência maior da mais desempenho.

Tem alguma duvida sobre a AMD ou a linha atual RYZEN, seja compatibilidade, informação, especificação ou desempenho! comente aqui em baixo que algumas perguntas eu vou adicionar na matéria.

Espero que tenha gostado!

Junior – Pichau Informatica

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