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Rumores afirmam que Intel desistiu de projeto importante e busca por parcerias, entenda

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– Sob o comando do CEO Lip‑Bu Tan, a Intel abandonou o desenvolvimento interno de substratos de vidro e passará a trabalhar com fornecedores externos.
– Iniciativa visa acelerar prazos, reduzir custos e minimizar riscos após prejuízos bilionários e receio na adoção da litografia 18A.
– Empresas sul-coreanas e vietnamita ganham força na cadeia

De acordo com uma publicação do TechPowerUp desta quarta-feira (02), rumores recentes indicam que a Intel, agora sob o comando do CEO Lip‑Bu Tan, que assumiu em março de 2025, teria abandonado o desenvolvimento interno de substratos de vidro, um componente essencial para os chips de próxima geração, optando por parcerias com fornecedores especializados. A reviravolta seria parte de uma estratégia maior para focar nos nós 14A e 18A‑P(T), além de recuperar a saúde financeira da empresa.

Por que substratos de vidro são importantes?

Intel
Imagem: Reprodução/Intel

Substratos de vidro oferecem vantagens em relação aos tradicionais substratos orgânicos, como maior estabilidade térmica, mecânica e precisão dimensional, o que permite maior densidade de interconexões, essencial para empacotamentos avançados com chiplets, tecnologias fundamentais para aplicações em AI, data centers e GPUs.

Até 2023, a Intel havia investido mais de US$ 1 bilhão (R$5.5 bilhões) em P&D de substratos de vidro, gerando cerca de 600 patentes e desenvolvendo tecnologias como TGV (Through-Glass Via). No entanto, segundo rumores, a empresa estagnou no processo interno e agora busca fornecedores prontos.

O que motiva essa mudança?

Fontes sugerem que a litografia 18A não atraiu demanda de foundry, o que, aliado a um prejuízo de US$ 18,8 bilhões (R$102 bilhões) em 2024, pressionou a Intel a cortar custos e acelerar resultados. A mudança reduz risco financeiro, traz flexibilidade para alternar fornecedores e encurta o ciclo de desenvolvimento.

Empresas sul-coreanas, como SK Hynix/Applied e Samsung EM, estão intensificando esforços em substratos de vidro. A JNTC já inaugurou uma fábrica em maio, com previsão de triplicar produção no Vietnã, atendendo clientes e crescendo de US$ 14,7 milhões (R$80 milhões) em 2025 para US$ 735 milhões (R$4 bilhões) até 2028.

O movimento reforça que, com a Intel abrindo espaço, o ecossistema global de substratos de vidro ganha escala, beneficiando tanto os fornecedores quanto integradores de alto desempenho.

Por fim, embora promissora, a tecnologia ainda enfrenta desafios na produção em larga escala, como controle de defeitos e mecanismo de vias. O mercado estima que a massificação só deverá ocorrer durante o fim da década.

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