Conforme publicado pelo Baidu na última quarta-feira (19), antes da chegada dos modelos de inteligência artificial da DeepSeek, a China enfrentava uma baixa taxa de aproveitamento nos clusters de computação.
De acordo com informações divulgadas, os centros de processamento do país operavam com apenas 20% de utilização. A introdução dos modelos DeepSeek R1, no entanto, provocou uma transformação radical nesse cenário, levando a uma explosão na demanda por poder computacional.
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Crescimento da demanda por hardware
A adoção dos modelos DeepSeek também expôs problemas estruturais na indústria de tecnologia do país. Apesar dos altos investimentos em aceleradores de IA, a infraestrutura de hardware estava subutilizada devido à falta de um ecossistema de software eficiente.
O lançamento do DeepSeek R1 mudou esse panorama, maximizando o uso dos clusters computacionais e impulsionando o mercado de GPUs e aceleradores de IA na China.
Desde então, a procura por aluguel e compra de aceleradores de IA, como os modelos H200, A100, RTX 4090 e RTX 5090 da NVIDIA, disparou.
Empresas do setor relatam que a demanda por novos equipamentos se tornou urgente, levando a prazos de entrega reduzidos e a um aumento nos preços das GPUs, que antes apresentavam tendência de estabilização.
Infraestrutura computacional sob pressão
No mais, a expansão da IA gerou um novo desafio: a escassez de servidores e espaços em data centers. Empresas de infraestrutura em nuvem afirmam que o aluguel de servidores para IA está cada vez mais concorrido, tornando os espaços em centros de computação altamente disputados.
Algumas companhias chegaram a relatar dificuldades para encontrar cabines de servidores disponíveis, embora especialistas do setor assegurem que a demanda ainda está sendo absorvida sem riscos imediatos de colapso.
China avança na corrida global de IA
O número crescente de empresas chinesas executando os modelos DeepSeek localmente também tem impulsionado a busca por aceleradores de IA, tornando GPUs de alto desempenho ainda mais requisitadas.
Apesar das sanções e restrições impostas pelos Estados Unidos, a China segue inovando e reduzindo sua dependência de tecnologia ocidental.