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Lusska antes do CBLOL: “eu consegui pegar diamante em apenas um ano”

Pro player teve início de carreira ainda no Counter-Strike

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Atualmente no Brasil diversas personalidades têm migrado de cenários competitivos, e Lucas “Luskka” Rentechen é um destes profissionais.

O pro player esteve presente desde o início dos esportes eletrônicos (eSports) em solos brasileiros, participando de campeonatos de Counter-Strike 1.6 e acabou migrando para o LoL (League of Legends), tendo carreira reconhecida na modalidade – inclusive, já jogou fora do país.

Agora, em nova fase, Luskka está presente no VALORANT e a redação da Pichau Arena separou os melhores momentos da conversa com a equipe da Betway para contar um pouco mais da sua história e relação com competitivo dentro e fora dos eSports.

Nascido em Curitiba, capital do Paraná, Lucas tem 25 anos e sempre se considerou extremamente competitivo. Em entrevista, confessou que nunca gostou de perder, nem mesmo no dominó.

 

A paixão por competir

Os esportes tradicionais sempre foram presentes em sua vida por causa da família, o que faz compreensível sua conexão com os eSports.

“Meu vô, meus tios, no geral… a minha família sempre gostou muito de futebol. Acho que desde criança eu vendo jogos, acabou trazendo isso de competir um pouco para mim, sabe? Eu acho que essa competitividade dos esportes tradicionais trouxeram um pouco desse espírito para mim porque eu assistia desde pequeno e acompanhava o competitivo”

Imagem: Reprodução/Império Alviverde Coritiba

Ou seja, a competição sempre esteve presente na vida do pro player que se viu totalmente apaixonado pelo ato.

Essa coisa de querer estar sempre ganhando e gostar de ver a equipe ganhar, sabe? Isso eu acabei trazendo um pouco para dentro dos games. Eu sempre gostei muito da competição. É muito gostoso, sabe? É muito incrível. Eu acho uma coisa muito boa”, conta.

Inclusive, essa paixão não esteve presente apenas durante sua infância por conta da influência da família. Luskka acabou levando muito a sério a parte de torcer para o seu time de futebol do coração, o Coritiba.

Eu era sócio-torcedor do Coritiba. Ia muito para o estádio e sempre comprava ingressos para ir, eu sempre ia no estádio. Meio que eu fui um torcedor roxo, sendo, tipo, muito torcedor mesmo, de ir em todos os jogos e acompanhar o time com os torcedores do Coritiba. Inclusive, queria mandar um salve para a rapaziada da Império Alviverde. Esse pessoal tá no meu coração até hoje”, afirma.

Carreira no Counter-Strike

O pro player confessa que não lembra muito bem de datas, mas que, em sua memória, tudo parece ter acontecido há muito tempo atrás, visto que um dos dados mais antigos de Luskka, na sua carreira nesse universo, data 2013, no Campeonato Brasileiro de Counter-Strike (CBCS).

Na ocasião, integrou o top cinco do torneio ficando na 4ª posição ao representar a Influxo Gaming. A posição pode parecer pequena, porém, os vencedores da edição do CBCS foram nada menos que Gabriel “FalleN” Toledo (Imperial eSports).

 

Imagem: Reprodução/Arquivo pessoal

O verdadeiro não era a única lenda do torneio, que contava também com a presença de Bruno “bit” Lima (9z Team), Guilherme “spacca” Spacca (FURIA), que defenderam a camisa da PlayArt e faturaram R$ 948 reais.

Dentre as equipes que jogaram o torneio, temos nomes como Alef “tatazin” Pereira (Los Grandes) e os famosos irmãos do cenário, Lucas “LUCAS1” Teles e Henrique “HEN1” Teles. Ou seja, um quarto lugar de muito respeito.

O amor pelo CS nasceu por conta do irmão, que o chamava para ir para as lan-houses para jogar na época do boom dos jogos de computador no Brasil, em meados dos anos 2000 quando tinha cerca de 15 anos.

O pro player diz que na realidade não era muito de ficar no PC e que gostava mais de jogar no console mesmo.

“Eu não curtia muito computador, eu gostava muito de jogar aquele Fifinha com os amigos, entende? Eu gostava mais de jogar futebol, de sair, e jogar videogame só pelo seu futebol mesmo”, lembra Luskka.

 

“Foi quando meu irmão começou a apresentar os videogames para mim e eu comecei a gostar. Cara, comecei a pegar gosto. Primeiro pelo FIFA nos consoles e depois foi para as lan-houses. Quando comecei a jogar CS foi um negócio muito legal e eu gostei muito logo de cara. Tudo começou naquela época. A lan era uma coisa incrível porque juntava 20 cabeças e todo mundo se divertia junto. Era um negócio muito legal mesmo”.

Do CS para o LoL

Imagem: Reprodução/Riot Games

 

No CS, apesar de não ter títulos, teve a oportunidade de jogar com nomes consolidados do cenário, tais como Epitácio “TACO” de Melo (GODSENT) e Denner “KHTEX” Barchfield. Porém, com a chegada do CS:GO (Counter-Strike: Global Offensive) em 2012, Luskka se viu obrigado a parar de jogar competitivamente.

O computador dele não aguentava rodar as configurações do novo jogo em nível profissional e ele não tinha dinheiro para investir em um novo, deixando-o abandonar o sonho. O sonho no CS, porque foi aí que surgiu a oportunidade de competir no League of Legends.

“Eu tinha um círculo social de amigos que jogavam e eles me apresentaram o LoL. Eu comecei a jogar e gostei muito. Como eu sempre fui um cara que gostava de acompanhar o competitivo dos jogos por ter amor pelo competitivo, eu percebi que poderia competir no LoL. Eu falei: é isso que eu quero para mim!. Em cerca de um ano eu comecei a jogar e subir de elo”

 

Imagem: Reprodução/BIG GODS

Com sede de vitória, Luskka subiu rápido até demais para a época, conseguindo “pegar diamante em apenas um ano”. De acordo com o pro player, “isso é bem difícil no jogo”.

Quem joga LoL sabe que não é algo incomum para quem não é pro player, que consegue avançar nas ranqueadas com facilidade. Porém, a subida teve um custo, segundo Lusska, chegou “a jogar 16 horas por dia. Dessa forma eu me destaquei no competitivo do jogo e logo em seguida eu entrei no meu primeiro time profissional, a BIG GODS”.

 

Imagem: Reprodução/Operation Kino eSports

 

O convite para fazer um teste na BG veio de Filipe “Ranger” Brombilla (FURIA), que Luskka considera seu “irmão do LoL”. Além dele, o pro player ainda mantém relações consolidadas com alguns profissionais da modalidade.

“Tem muitos jogadores que eu sou amigo, eu sou muito grato ao que o LoL me proporcionou, sabe? Quem eu mais gosto e tenho amizade é o Professor, Dionrray, Skybart, Ranger, Wos, Brucer e Garo. Esse círculo de pessoas eu tenho muito carinho. Desculpa se eu esquecer alguém, mas são as pessoas que eu sei que posso contar. São amigos que o Lolzinho me deu e que eu vou levar para o resto da vida. Eu torço por todos e vou continuar torcendo até o fim”, continua.

Imagem: Reprodução/Leviatan eSports

Teve passagem pelas equipes BIG GODS, Operation Kino eSports, Pro Gaming eSports, Team One eSports, Flamengo eSports e a equipe argentina Leviatan eSports. Emocionado, Luskka diz que não foi uma carreira muito vitoriosa.

“Sendo bem sincero, foi uma carreira muito boa porque eu cresci como pessoa, e não por títulos e vitórias em campeonatos. Foram experiências diferentes, com pessoas diferentes e me fez crescer muito como pessoa.”, afirma. “Cada hora que eu passava ali e cada experiência diferente de vida foram muito importantes para mim para o meu crescimento pessoal.”

De volta aos jogos de tiro

No fim de 2021, o pro player migrou para o jogo de tiro tático da Riot Games, o VALORANT, que tem visto seu cenário crescer cada vez mais em solo brasileiro. No início de março de 2022, o paranaense foi anunciado na organização sorocabana Rise Gaming e estreou dias depois com a primeira vitória pela equipe.

Mesmo com o desafio de ficar longe da família e sempre se provar dentro do LoL, Luskka está fora do competitivo e torce atualmente para a FURIA.

O jogador que guarda todas as experiências de CBLOL (Campeonato Brasileiro de League of Legends) e torneios na Argentina dentro do coração, agora inicia uma nova carreira em uma modalidade diferente, o VALORANT.

O sonho? Trazer alegria para o brasileirinho: “meu maior sonho é ganhar um mundial para o Brasil, jogar um Mundial lá fora e fazer a diferença para o nosso país”, completa.

 

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