No início desta semana, pesquisadores da Universidade de Chicago, mais especificamente da Escola de Engenharia Molecular Pritzker, desenvolveram uma técnica inovadora que utiliza defeitos atômicos em cristais para criar células de memória capazes de armazenar terabytes de informações em um cubo de apenas um milímetro.
A abordagem revolucionaria transforma imperfeições cristalinas em pontos de armazenamento de dados, permitindo uma compactação sem precedentes.
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Como funciona a nova tecnologia?

A técnica envolve a manipulação de defeitos atômicos dentro dos cristais, criando locais específicos onde os dados podem ser armazenados.
Os defeitos, anteriormente considerados indesejáveis, agora são aproveitados para aumentar a densidade de armazenamento.
A explicação revela ainda que o processo utiliza princípios da física quântica para controlar e registrar informações nesses pontos, resultando em uma memória ultra-densa e estável.
Brasileiro é o responsável pelo avanço
Uma das informações mais legais dessa notícia é que a pesquisa foi inicialmente conduzida por um brasileiro: Leonardo França, que aplica conceitos da física do estado sólido, usados tradicionalmente na dosimetria de radiação, e os integra à pesquisa de armazenamento óptico e quântico.
“Encontramos uma maneira de integrar a física do estado sólido aplicada à dosimetria de radiação com a pesquisa em armazenamento óptico e quântico, criando uma interface inovadora”, explica França.
Segundo o cientista, o processo funciona porque, quando o cristal absorve energia suficiente, ele libera elétrons e lacunas de carga, que são capturados pelos defeitos atômicos. Posteriormente, esses elétrons podem ser liberados e lidos por meios ópticos, tornando possível o armazenamento e a recuperação de informações com extrema precisão.
Universidade de Southampton também avança em armazenamento
Além disso, cientistas da Universidade de Southampton, no Reino Unido, avançaram na tecnologia de armazenamento óptico em 5D.
Os pesquisadores demonstraram que é possível armazenar até 360 terabytes de dados em um disco de quartzo de 12 cm, com estabilidade térmica de até 1.000°C e uma vida útil praticamente ilimitada em temperatura ambiente.
A tecnologia utiliza lasers de femtossegundo para gravar dados em nanoestruturas dentro do cristal, proporcionando uma solução duradoura para arquivamento de informações.
Por fim, é muito importante frisar que inovações como essas realmente têm o potencial de transformar o armazenamento de dados, oferecendo soluções compactas e de longa duração.
A demanda por capacidade de armazenamento é cada vez maior e parece não ter limite, devido ao aumento exponencial de dados gerados.