– Qualcomm diz que Intel “não é opção hoje” para produção de chips, mas deixa porta aberta no futuro
– Snapdragon X segue sendo fabricado por TSMC e Samsung por conta da eficiência e maturidade desses processos
– Falta de clientes como a Qualcomm torna ainda mais difícil para a Intel validar os novos nodos e recuperar espaço no mercado
Conforme publicado pelo Tom’s Hardware no último domingo (07), o CEO da Qualcomm, Cristiano Amon, deixou claro em entrevista ao Bloomberg Tech que, no momento, a Intel “não é uma opção” para produzir os chips Snapdragon X, incluindo os voltados a notebooks finos e leves, devido às deficiências na tecnologia de fabricação da rival.
De fato, a marca estadunidense vem apostando em parceiros consolidados como TSMC e Samsung para os chips de próxima geração, preferindo a estabilidade de processos como o N4 da TSMC, reconhecido pela alta eficiência energética e desempenho. Amon afirmou que gostaria de ver a azulzinha como opção no futuro, se a empresa corrigir suas limitações atuais.
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O posicionamento atinge em cheio a ambiciosa estratégia do Time Azul de reerguer o braço de foundry, que enfrenta críticas e escassez de grandes clientes externos. Curiosamente, a própria linha de produtos da Intel, como os processadores Nova Lake, segue com partes produzidas pela TSMC, na tecnologia N2, enquanto sua malfadada linha 14A pode ser interrompida se não atrair compradores.
A situação expõe um verdadeiro paradoxo: a Intel quer competir com gigantes como TSMC e Samsung, mas ainda depende das empresas para sustentar sua própria produção.
Por que isso importa?

Primeiro, pois os chips móveis exigem extrema eficiência energética e desempenho por watt, áreas nas quais a Intel ainda não atende ao nível exigido
É importante entender também que TSMC e Samsung oferecem processos maduros, ecossistema robusto e capacidade de produção escalável, qualidades essenciais para o ritmo atual de inovação da Qualcomm.
Por fim, sem grandes clientes como a Qualcomm, a empresa comandada por Lip Bu Tan enfrenta dificuldades para validar e escalar os novos nodos de produção como o 18A ou até o 14A, essenciais para a sonhada virada estratégica.