Conforme publicado pelo Tom’s Hardware na última segunda-feira (26), durante uma conversa com jornalistas após a apresentação na Computex 2025, o CEO da NVIDIA, Jensen Huang, fez duras críticas à política de controle de exportações de chips de inteligência artificial dos Estados Unidos.
Segundo o executivo, as restrições impostas pelo governo americano não atingiram seus objetivos e, ao contrário, deram origem a efeitos colaterais prejudiciais tanto para a empresa quanto para a posição tecnológica do país.
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NVIDIA perdendo bilhões na China

Huang revelou que a participação da NVIDIA no mercado chinês despencou de 95% para 50% durante o atual governo americano. Além disso, a companhia foi forçada a dar baixa em bilhões de dólares em estoques, principalmente do chip H20, que não puderam mais ser comercializados no país asiático.
“Só esse write-off foi maior do que o faturamento trimestral de muitas empresas de semicondutores”, afirmou. Mais preocupante, segundo ele, é que os controles não impediram a China de avançar tecnologicamente.
Pelo contrário: o país respondeu com agilidade, investindo pesado no desenvolvimento de soluções próprias. “Eles vão continuar desenvolvendo IA, com ou sem a gente”, alertou o executivo, destacando que metade dos pesquisadores de inteligência artificial do mundo estão baseados na China.
Elogios para o governo anterior?
Huang também elogiou a reversão parcial das restrições durante o mandato anterior, dizendo que era “a correção de uma política equivocada”. Para ele, limitar a disseminação da IA não faz sentido em um mundo onde os EUA não detêm mais o monopólio da inovação.
Apesar das perdas e desafios, o CEO garantiu que a NVIDIA continuará comprometida com o mercado chinês e busca alternativas para manter sua presença ali, mesmo com as limitações impostas.