Conforme publicado pelo Tom’s Hardware na última quinta-feira (19), a novela judicial entre Qualcomm e ARM ganhou mais um capítulo, pois em 2021, a dona dos Snapdragon adquiriu a startup Nuvia por US$1,4 bilhão, cerca de R$8,5 bilhões na cotação atual,
O problema da aquisição estava no objetivo estratégico: reduzir sua dependência dos designs de núcleos de computação da Arm, além de economizar até US$1,4 bilhão (R$8,5 bilhões) anuais em pagamentos de royalties. A informação foi revelada durante um julgamento em Delaware, no qual a Arm acusa a Qualcomm de violar acordos de licença relacionados à tecnologia adquirida da Nuvia.
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Estratégia para reduzir dependência da Arm
A aquisição da Nuvia foi impulsionada pelo desejo da Qualcomm de desenvolver núcleos de CPU personalizados, visando competir de forma mais eficaz com empresas como a Apple, cujos chips Bionic se destacam no mercado.
A startup, fundada por ex-engenheiros da dona do iPhone em 2019, trouxe à Qualcomm talento e designs inovadores, embora, no momento da aquisição, não possuísse produtos finalizados e estivesse focada no segmento de servidores.
Economia anual de US$ 1,4 Bilhão em royalties
No mais, documentos internos apresentados no julgamento indicam que o CEO da Qualcomm, Cristiano Amon, estimou uma economia potencial de até US$1,4 bilhão (R$8,5 bilhões) por ano em royalties pagos à Arm, caso a empresa conseguisse integrar com sucesso as tecnologias da Nuvia em seus produtos.
Tal economia seria alcançada pela redução das taxas de licenciamento associadas ao uso dos designs de núcleos da Arm nos chips da dona das CPUs Snapdragon.
Desafios legais e disputa judicial com a Arm
Vale lembrar que a Arm entrou com uma ação judicial contra a Qualcomm, alegando que a transferência das licenças da Nuvia não foi aprovada e que a corporação estaria utilizando a tecnologia da Arm sem a devida autorização.
A Arm busca uma ordem judicial que exija a destruição dos designs desenvolvidos com base nas tecnologias licenciadas, o que poderia impactar bastante os planos da corporação comandada porc Amon de lançar novos chips para competir no mercado de PCs.
O julgamento, que ocorre em um tribunal federal em Delaware, inclui depoimentos dos CEOs de ambas as empresas e pode ter implicações pesadas para o futuro das relações de licenciamento de tecnologia na indústria de semicondutores.
De maneira geral, as alegações da Arm sugerem que a Qualcomm buscava reduzir os pagamentos de royalties, enquanto a Qualcomm argumenta que a Arm está tentando aumentar suas taxas e competir diretamente no mercado de chips.