“É muito complexo se posicionar, porém é muito necessário”: conheça a história da influenciadora Letícia Marques

A host de eSports Letícia Marques é uma das criadoras de conteúdo que já passou por alguns dos principais cenários competitivos: Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO), VALORANT, COD MOBILE e PUBG. Mesmo com tanta presença cenário competitivo, ainda é apresentadora na Warner Play, embaixadora da PlayStation no Brasil e da comunidade LGBTQI+. A Pichau Arena entrevistou a influenciadora para entender um pouco mais sobre a relação dela com a atual profissão

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Com oito anos e sem ter seu próprio videogame por algum tempo, acabava jogando na casa de primos e amigos o PlayStation 1 e 2. Let comentou que “gostava muito desse mundo lúdico porque não tinha costume de sair para brincar e não tinha muito contato com outras crianças“, portanto o “videogame proporcionava vários universos diferentes“, a deixando mais confortável.

Até que a mãe entendeu como os games eram importantes para a filha e a presenteou com um console no natal; no fim, todos os eventos na casa da influenciadora aconteciam em torno das jogatinas ao ponto de Let “ter que entrar na fila [para jogar] mesmo sendo dona [do videogame]“.

Jogar se tornou algo importante para a mãe e para a apresentadora, já que “jogava junto com a mãe” e acabavam tendo um tempo juntas jogando games de terror, inclusive, Resident Evil foi um dos mais importantes para a aproximação materna, enquanto o Assassin’s Creed foi o mais marcante por conta de ter “muita história e viagem no tempo” segundo a criadora de conteúdo.

O sonho de ser médica, duas formações e um novo caminho

Quase 10 anos depois, a  já crescida Let começou a descobrir “variedade de jogos [no] mobile e PC“, se apaixonando totalmente por PUBG. Falando de eSports, a influenciadora chegou a comentar que se fosse ter que escolher “um jogo para jogar profissionalmente“, com certeza seria o battle royale da Tencent. Com o sonho de ser médica, Let se formou em educação física, em secretariado executivo e a vida acabou tomando rumos diferentes:

“Acabei trabalhando com games e me tornando influenciadora do universo digital, algo completamente diferente daquilo que um dia eu sonhei. […] Eu comecei a perceber poderia viver 100% [dos games] em 2018. Quando firmado um contrato com a Warner, em 2019 eu já comecei a apresentar Ligas: CBCS (Campeonato Brasileiro de CS:GO) e NFA. […] Isso fez com que eu percebesse que tinha uma estrutura boa financeiramente para poder largar [tudo]  e viver simplesmente daquilo que eu faço“.

Superando o medo de ser um exemplo

Inserida completamente na comunidade e sendo um exemplo para muitas pessoas, Let também entendeu que em algum momento teria que se posicionar como pertencente a outro grupo: o LGBTQI+.

“É muito complexo se posicionar, porém é muito necessário. Dá medo para a gente que vai chegar e falar sobre isso… eu demorei um tempo para assumir isso publicamente para todos os meus seguidores, principalmente porque 60% do meu público é masculino e infelizmente tem essa questão que muita gente para de seguir; e acabou acontecendo isso mesmo” pontua.

Ao mesmo tempo que “muita gente deixou de seguir, muita gente veio e se identificou […]. Se aproximou e se sentiu à vontade. […] Já é difícil viver isso dentro de casa. Já é uma batalha, né? Agora ter que passar isso pro mundo social e de trabalho também é muito complexo”  explica.

Segundo a apresentadora tem que acontecer de uma “formal natural” e mostrar para as pessoas “que é algo normal “ , pode dar mais espaço para a comunidade que irá vanhar mais espaço e , por fim “as pessoas que são LGBTs vão estar se sentindo mais vontade para conviver e sem medo de mostrar quem realmente são“. 

O futuro da apresentadora é na TV! Segundo Let, um novo projeto da Warner com a TNT que acontece em 27 e de outubro em um campeonato de MultiVersus em que será a nova host do “Games” ao lado de Petar Neto. Desta vez, a criadora de conteúdo ancaçou um novo patamar: irão ocorrer diversas transmissões, tanto no Brasil quanto no Chile e na TV.