Conforme publicado pela Reuters na última terça-feira (08), a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), maior fabricante de chips do mundo, está sob investigação do Departamento de Comércio dos Estados Unidos por supostas violações das regulamentações de controle de exportação.
A empresa é acusada de fornecer semicondutores que acabaram sendo utilizados pela Huawei, gigante chinesa de tecnologia que enfrenta sanções comerciais impostas pelo governo norte-americano. Se confirmadas as infrações, a TSMC poderá ser multada em US$1 bilhão, cerca de R$5,8 bilhões na cotação atual, ou mais.
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Contexto da investigação

A investigação foi iniciada após a descoberta de que chips produzidos pela TSMC para a empresa chinesa Sophgo correspondiam aos encontrados nos processadores avançados de inteligência artificial Ascend 910B da Huawei.
Dado que a empresa chinesa está na lista de restrições comerciais dos EUA desde 2020, qualquer fornecimento de tecnologia de origem americana para a corporação requer licenças específicas, que, aparentemente, não foram obtidas.
Posicionamento da TSMC
Naturalmente, a TSMC se defendeu, afirmando que não fornece chips diretamente à Huawei desde setembro de 2020 e que sempre cumpriu rigorosamente as leis e regulamentações de exportação. A gigante taiwanesa também informou que interrompeu os embarques para a Sophgo e está cooperando plenamente com as autoridades norte-americanas na investigação em curso.
Implicações e medidas adicionais
É um caso complicado, que ressalta as crescentes tensões no setor de semicondutores, principalmente no que diz respeito ao controle de exportações e às sanções comerciais entre os EUA e a China. O governo norte-americano tem intensificado a fiscalização sobre o fluxo de tecnologia para empresas chinesas, visando proteger interesses de segurança nacional.
Como resultado, a TSMC suspendeu a produção de chips avançados para clientes chineses e implementou medidas adicionais para garantir a conformidade com as regulamentações internacionais.