Conforme publicado pelo TechPowerUp na última quinta-feira (19), recentemente, a NVIDIA lançou o NVLink Fusion, promissor sistema de interconexão para unir GPUs, CPUs e ASICs de terceiros num ecossistema mais flexível. Porém, relatos recentes sugerem que a abertura não é total, e isso tem gerado descontentamento em várias empresas.
- NVIDIA e Bill Gates firmam parceria para acelerar ritmo de IAs, entenda
- NVIDIA prepara GPU misteriosa com ‘surpresa’ para o mercado chinês
O que é o NVLink Fusion?

Apresentado na Computex de maio de 2025, o NVLink Fusion permite que parceiros como MediaTek, Marvell, Alchip e Fujitsu conectem seus processadores diretamente às GPUs da verdinha usando a tecnologia NVLink, reconhecida por maior largura de banda e coerência de memória, com até 900 GB/s nos enlaces C2C.
Segundo a NVIDIA, esse programa traz uma nova era de infraestruturas híbridas, unindo silícios personalizados ao robusto ecossistema da empresa.
Acontece que, nos bastidores, indica-se que o acesso de terceiros continua limitado. O time verde ainda controla os componentes essenciais da camada física (PHY), os switches e a camada de controle de software, que gerencia a comunicação e inicia os links, o que reduz a autonomia dos parceiros.
Frustração e alternativas
Relatórios indicam que oito empresas já demonstraram interesse no NVLink Fusion, incluindo grandes hyperscalers como AWS, GCP e Azure, mas estão encontrando barreiras por não poder implementar sistemas totalmente independentes. Profissionais relatam que “não é possível criar sistemas mix-and-match de verdade” sem depender dos softwares proprietários da NVIDIA.
No Reddit, um usuário resumiu:
“A versão premium da plataforma será massiva quando comparada às soluções de AMD e outras concorrentes. Mas você estará preso”
Enquanto isso, cresce apoio a padrões abertos como o UALink, defendido por gigantes como AMD, Intel e Google, que prometem interconectar até 1 024 aceleradores de qualquer fornecedor, com zero bloqueio proprietário.
Estratégia da NVIDIA: “embrace, extend, extinguish”?
Análises de especialistas, como a publicação Fabricated Knowledge, sugerem que a abordagem da NVIDIA segue o ciclo “embrace, extend, extinguish”: oferece acesso ao NVLink Fusion, mas em formas controladas, vendendo chiplets ao invés de liberar os IPs completos, visando manter a liderança enquanto retarda a adoção de alternativas padrão de mercado.