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Intel cria nova regra: inovações só acontecerão em caso de alto lucro, entenda

CEO Michelle Holthaus veta qualquer projeto sem preview financeiro robusto

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De acordo com uma publicação do Tom’s Hardware da última quinta-feira (05), a Intel anunciou uma nova diretriz estratégica: nenhum produto novo será lançado se não oferecer uma perspectiva de margem bruta mínima de 50%.

Revelada por Michelle Johnston Holthaus, CEO da divisão de produtos, durante uma conferência do Bank of America em 5 de junho de 2025, a decisão visa reforçar a lucratividade e redirecionar a inovação para iniciativas com retorno financeiro robusto.

Por que essa regra existe

Intel
Imagem: Reprodução/Intel

Nos últimos trimestres, a Intel enfrentou margens sólidas mas pressionadas: enquanto buscava estabilidade na fabricação e na linha de produtos, viu sua profitabilidade minguar, uma vez que o segmento de foundry ficou abaixo de 40%, com projeções para 2030, segundo documentos anteriores.

Agora, com a meta de assegurar pelo menos 50% de margem bruta, a empresa reforça o foco em maximizar o retorno sobre cada projeto, evitando dispersão de recursos em iniciativas possivelmente rentáveis, mas acima dessa linha vermelha.

Como funcionará na prática

  • Filtro interno rígido: só entram no roadmap produtos com a expectativa de, no mínimo, retornar US$ 2 (R$11,20) em receita para cada US$1 (R$5,60) investido.
  • Time de engenharia condicionado: equipes só serão alocadas a projetos que alcancem essa meta desde o estágio inicial.
  • Roadmap revisado: até mesmo rotas de produtos aguardadas, como as famílias Panther Lake e Nova Lake, só seguirão adiante com comprovada viabilidade financeira.

Impacto e contexto

A mudança faz parte de uma transformação comandada por Lip‑Bu Tan, atual CEO da Intel, que busca reverter o declínio operacional e recuperar a confiança do mercado.

Para investidores e analistas, trata-se de um sinal claro de que a empresa está abandonando iniciativas de imagem ou políticas públicas (como foundry subsidiada por subsídios) para priorizar projetos autossustentáveis e rentáveis.

Por outro lado, há quem alerte para um possível freio na inovação, à medida que produtos de risco e tecnologias emergentes (como GPUs dedicadas e chips especializados) podem não justificar a margem exigida, ameaçando a diversidade de soluções de longo prazo.

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