Conforme publicado pelo Tom’s Hardware nesta sexta-feira (13), a Micron, uma das três maiores fabricantes globais de memória DRAM, confirmou oficialmente que vai encerrar a produção de chips DDR4 e LPDDR4.
Foi enviado um aviso de fim de vida útil (EOL) aos clientes, com as remessas destinadas ao mercado de PCs, smartphones e data centers gradualmente reduzidas e encerradas nos próximos 2 a 3 trimestres.
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Caminho é semelhante ao de outras fabricantes
Esse movimento segue decisões semelhantes da Samsung e SK Hynix, que também planejam abandonar a tecnologia DDR4 até o final de 2025, direcionando seus recursos para produzir memórias mais modernas, como DDR5, LPDDR5 e HBM.
O aviso da Micron reforça que, a partir do primeiro trimestre de 2026, a produção para mercado de consumo terá praticamente sido encerrada, embora uma pequena fatia permaneça disponível para clientes de setores automotivo, industrial e de redes, que dependem de estabilidade no fornecimento.
Alta nos preços
Um impacto imediato desse anúncio já se traduz em uma alta expressiva nos preços: cotações spot de módulos DDR4 subiram até 50% em maio e junho de 2025, algumas fontes mencionam até 100% de aumento em certos segmentos, reflexo direto da oferta cada vez menor.
Essa escassez anuncia um desabastecimento que deve se estender até 2026, mesmo com fabricantes como MT e Winbond tentando preencher a lacuna, não conseguindo atingir os volumes nem a abrangência de aplicação dos grandes, o que pode agravar a situação nos mercados especializados.
Por que a Micron está saindo agora?
O principal motivo é econômico: com margens reduzidas na fabricação de chips DDR4, pressionadas pela concorrência de fabricantes chineses como CXMT e Fujian Jinhua, que oferecem DRAM mais barata, a estratégia da Micron é concentrar investimentos em tecnologias mais rentáveis como DDR5 e memória HBM, além de investir em pesquisa e desenvolvimento.
O que isso significa para consumidores e empresas?
Usuários que ainda utilizam PCs com DDR4, plataformas Intel LGA 1151, AM4, notebooks antigos, devem considerar o abastecimento rápido ou migrar para DDR5 antes que os estoques fiquem escassos e caros.
Dispositivos ainda em produção, como automóveis ou equipamentos industriais, poderão enfrentar dificuldade em repor ou expandir suas memórias, o que reforça a importância da Micron continuar suprindo esses segmentos de forma limitada.
A transição para DDR5 vem mais acelerada: com maior largura de banda e eficiência energética, a nova geração se consolida em desktops, laptops e centros de dados, e agora a escassez de DDR4 funcionará como catalisador para essa migração.