Conforme publicado pela Reuters na última quinta-feira (12), o CEO da NVIDIA, Jensen Huang, anunciou que a empresa não incluirá mais o mercado chinês em suas projeções de receita e lucro futuras.
A decisão foi motivada pelas novas restrições de exportação de chips avançados impostas pelos EUA, que entraram em vigor em abril de 2025 e afetaram diretamente as vendas das GPUs de inteligência artificial da verdinha, como a H20.
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Impacto imediato

O impacto financeiro já é considerável: a NVIDIA registrou uma perda de US$ 2,5 bilhões, quase R$14 bilhões na cotação atual, no primeiro trimestre fiscal de 2025, com expectativa de mais US$8 bilhões (R$44,3 bilhões) adicionais no segundo trimestre, somando cerca de US$ 10,5 bilhões (R$58,2 bilhões) de receitas não realizadas somente por conta da China.
A China era responsável por cerca de 12–13% do faturamento do time verde, ou aproximadamente US$4,6 bilhões (R$25,5 bilhões) no Q1, mas agora será tratada como um “surpresa positiva”, ou seja, qualquer venda naquele mercado será considerada um bônus, não integrante do guidance oficial.
Huang critica decisões
Huang afirmou acreditar que os controles americanos não serão relaxados em breve. Ele criticou as restrições, dizendo que os “objetivos não estão sendo alcançados” e que “devem ser bem articulados e testados ao longo do tempo”.
A empresa está avaliando alternativas, inclusive um chip com arquitetura Blackwell, com design simplificado e menor custo, para tentar continuar presente no mercado chinês, mas aguarda aprovação do governo americano.
Do ponto de vista financeiro, analistas já ajustaram suas perspectivas: muitos tratam o flagelo chinês como algo praticamente neutralizado nas previsões, representando um risco geopolítico estabilizado. A respeito disso, a empresa segue crescendo globalmente, ainda apostando na inteligência artificial, expandindo parcerias na Europa, Oriente Médio e demais regiões.