Conforme publicado pelo TweakTown na última segunda-feira (24), a Activision Blizzard, desenvolvedora de jogos muito famosos, confirmou que tem incorporado a inteligência artificial (IA) nos processos criativos, principalmente na franquia de sucesso Call of Duty.
Ao que tudo indica, desde o final de 2023, a empresa vem utilizando a tecnologia para agilizar o design de conteúdos, resultando na criação de skins e outros elementos cosméticos dentro do jogo.
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Exemplos práticos
Um exemplo da iniciativa é o pacote “Yokai’s Wrath”, lançado para Call of Duty: Modern Warfare 3. O pacote, disponível por 1.500 pontos COD, ou aproximadamente US$15 (R$85), desde o lançamento chamou atenção da comunidade por parecer ser composto majoritariamente por arte gerada por IA.
Vale destacar que a decisão de utilizar IA na criação de conteúdos não se limita apenas a skins. Relatos indicam que a Activision Blizzard tem incentivado seus artistas a integrarem ferramentas de IA nos fluxos de trabalho, com o padrão sendo implementado após recentes reestruturações internas.
Os profissionais receberam treinamentos específicos para adaptar-se ao uso de tecnologias como Midjourney e Stable Diffusion na produção de arte 2D. Embora essa prática possa otimizar cronogramas e reduzir custos, também tem trazido preocupações sobre a possível diminuição do papel humano no processo criativo.
Comunidade não demorou para perceber
A comunidade gamer tem observado atentamente essas mudanças. Em Call of Duty: Black Ops 6, por exemplo, jogadores notaram elementos nas telas de carregamento que aparentavam ser gerados por IA, como imagens com anatomia distorcida ou detalhes incoerentes.
Naturalmente, a implementação de IA na criação de conteúdos de jogos traz à tona uma série de polêmicas envolvendo questões éticas e profissionais. Por um lado, a tecnologia oferece eficiência e inovação, permitindo a produção rápida de novos elementos e potencialmente enriquecendo a experiência do jogador.
Já por outro lado, há uma preocupação sobre a desvalorização do trabalho artístico humano e a possível perda da essência criativa que caracteriza a indústria dos jogos.