Conforme publicado pelo VideoCardz nesta quinta-feira (03), a recente polêmica envolvendo problemas de boot em placas-mãe ASRock AM5 finalmente recebeu um posicionamento oficial da AMD.
Após diversos relatos de usuários sobre dificuldades em inicializar seus sistemas com processadores Ryzen e até casos de CPUs supostamente danificadas, a empresa afirmou que a origem do problema está na incompatibilidade de memória causada por certas versões de BIOS utilizadas nas placas-mãe da ASRock.
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BIOS com incompatibilidade de memória

Segundo a AMD, investigações conjuntas com a ASRock identificaram que versões mais antigas da BIOS dessas placas apresentavam problemas de compatibilidade com alguns módulos de memória, impedindo o sistema de completar o POST (Power-On Self-Test), um dos primeiros processos na inicialização do computador.
O problema, no entanto, já teria sido resolvido nas versões mais recentes da BIOS, recomendadas para atualização imediata pelos usuários afetados.
“Estamos cientes de um número limitado de relatos de usuários envolvendo placas-mãe ASRock AM5 que falham ao completar o POST. Após investigações, identificamos uma questão de compatibilidade de memória em versões anteriores da BIOS, que já foi corrigida nas atualizações mais recentes”, disse a AMD em comunicado ao site Club386.
A empresa reforça que falhas no POST podem ser causadas por diversos fatores e nem sempre indicam uma CPU defeituosa. Portanto, antes de presumir um dano ao processador, a AMD recomenda que os usuários atualizem suas BIOS e, caso o problema persista, entrem em contato com o suporte técnico.
Danos às CPUs? AMD e ASRock evitam o assunto
Embora a explicação da AMD para os problemas de boot seja plausível, um detalhe permanece sem esclarecimento: os relatos de usuários que afirmam que suas CPUs foram permanentemente danificadas.
Em alguns casos, foi relatado até mesmo dano físico aos processadores, algo que não pode ser atribuído simplesmente a uma incompatibilidade de memória.
Vale lembrar que a ASRock já havia publicado um comunicado sobre o problema, afirmando que em pelo menos um dos casos analisados, uma simples limpeza no soquete do processador confirmou que não havia danos à placa-mãe.
No entanto, isso não descarta a possibilidade de que certos processadores tenham sido afetados de maneira irreversível, o que ainda não foi abordado nem pela ASRock nem pela AMD.
Falta de transparência pode abalar a confiança dos usuários
É importante ressaltar que o fato de ambas as empresas evitarem discutir abertamente os casos de CPUs danificadas pode gerar desconfiança na comunidade.
Se o problema fosse apenas uma incompatibilidade de memória, o máximo que se esperaria seriam falhas na inicialização ou instabilidade do sistema, não danos físicos ao hardware.
Enquanto AMD e ASRock não esclarecem completamente a situação, muitos usuários podem ficar receosos de investir em placas-mãe AM5.