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FF: “Passou um significado diferente” diz LOUD Thurzin sobre injúria racial

Moreno foi o pro player afetado pelo crime

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**Atualização das 18h43: a LOUD emitiu uma nota sobre o caso e afastou Thurzin da NOISE.

 

Na tarde da última terça-feira (31), o pro player Arthur “Thurzin” Fernandes da NOISE — equipe de Free Fire (FF) Emulador da LOUD — realizou um comentário racista por meio das redes sociais. Posteriormente, se pronunciou sobre o crime.

Direcionado ao jogador profissional Ronald “Moreno” Moreno da Elite — time Emulador da Tropa—, o tuite foi um tipo de “farpa” de Thurzin, que perdeu um game 4×4 contra a equipe inimiga. A publicação — que foi apagada — chamava  Moreno de “brabuíno”; pet de macaco no game. Veja:

 

 

De acordo com a  Lei 7.716/89 , que leva o nome de “Lei do Racismo”,  “todo tipo de discriminação ou preconceito, seja de origem, raça, sexo, cor, idade” deve ser punido, sendo considerado crime em território brasileiro. Posteriormente, Thurzin publicou em suas redes se desculpando:

 

 

Casos de racismo no Paraná

 

Imagem: Reprodução/Governo do Estado do Paraná

 

Vale lembrar que o Paraná —  local de origem do pro player da LOUD — foi o segundo estado que mais cometeu injúrias raciais no Brasil em 2019 de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Em primeiro, ficou o Rio Grande do Sul, fazendo que a região sul do país possua quase metade dos casos, ou seja, o racismo está enraizado na cultura brasileira.

 

Racismo no Free Fire

 

Imagem: Reprodução/Los Grandes

 

Não é a primeira vez que ocorre um caso de racismo dentro do competitivo brasileiro de FF. Em fevereiro deste ano, o pro player e streamer Victor “El Mito” Gabriel sofreu um ataque durante uma live e companheiros da Los Grandes se pronunciaram sobre o crime.

A Pichau Arena conversou sobre o caso com Tales “TalixXGamer” Porphirio, fundador do coletivo de pretos Wakanda Streamers. De acordo com Tales, os casos de racismo acontecem no país como um todo e refletem nos eSports:

Muitas vezes o que a pessoa não vê como racismo, é sim racismo. Ninguém “entendeu de forma errada”, o ato é que foi, de fato, errado (e vamos lembrar que além de errado é previsto no código penal como crime).

 

Imagem: Reprodução/Wakanda Streamers

 

Além disso, afirmou que é preciso ser um pouco duro em algumas situações para que país e a sociedade evoluam cada vez mais:

“Nenhum de nós quer ser o carrasco, isso é óbvio, porém, é óbvio também não estarmos imunes à nossa própria cultura. Nós somos sim os carrascos que muitas vezes impedem a criação e manutenção de um mundo melhor e saudável.”

 

 

Leia mais:

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